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Carta a Polulação

Carta a Polulação

Caríssimo(a) munícipe:

 

É notório que nosso hospital passa por dificuldades de ordem financeira e operacional praticamente intransponíveis.

Essa persistente existência cambaleante do hospital prefigura um ocaso inevitável, porventura alguma ação objetiva, consistente e eficaz não seja incontinênti desenvolvida.

Há tempos procura-se, de diversas maneiras, sustentar o funcionamento da entidade mediante a aplicação de fórmulas paliativas e procedimentos inócuos que só fizeram situar o problema num ponto e momento cruciais, impondo agora uma abordagem séria sobre suas causas e decisiva quanto à sua solução.

É sobremaneira preocupante essa atmosfera de perplexidade que assola a continuidade da prestação dos serviços de saúde oferecidos pelo hospital a toda a comunidade serranegrense. Tal circunstância, de per si, já deveria ser motivo de mobilização maciça da sociedade (causa-me inquietante estranheza o fato de tal providência ainda não ter sido levada a cabo, eis que Serra Negra é pródiga na geração de mentes brilhantemente criativas e empreendedoras) no propósito de debelar o presságio da possível cessação das atividades do único hospital da cidade.

Posso afirmar que todos nós já precisamos – e ainda precisaremos – em algum momento de nossas vidas dos serviços do hospital. Se não nós, certamente algum ente próximo. Isso é inescapável, infelizmente. Somos criaturas frágeis, é preciso admitir, e sujeitos a infortúnios imprevisíveis de toda espécie.

Poderão dizer alguns: Ah! Mas eu tenho um plano de saúde familiar que cobre todos os cuidados médicos. Graças a Deus, não preciso desse hospital moribundo! Respondo de maneira enfática e convicta: Puro engano! Na maioria das vezes em que nos deparamos com a necessidade, estamos à mercê de uma situação de urgência que demanda pronto atendimento. Qualquer demora pode significar sujeição a um sofrimento adicional evitável ou mesmo desencadear complicações irreversíveis que podem conduzir à perda de função de membros e órgãos e até mesmo ao falecimento.

É uma premissa absoluta a importância da existência e manutenção de um hospital bem equipado, provido de aparelhos modernos (ao menos os indispensáveis aos cuidados de emergência), fornido de todos os insumos necessários à plena consecução do trabalho de seus agentes e com um corpo clínico capacitado e comprometido com o bem-estar sistêmico do paciente.

O SUS e, subsidiariamente, a Prefeitura Municipal repassam regularmente verbas fixas ao hospital, porém insuficientes para suportar as despesas correntes. Há um déficit que orbita a casa dos R$ 70.000,00 mensais. Não obstante, o hospital não deixa de prestar atendimento de qualidade a centenas de pessoas semanalmente, de todas as faixas etárias, acometidas dos mais diversos males, inclusive realizando partos e cirurgias de considerável complexidade. E tudo isso DE GRAÇA! Mas até quando… e até quando permaneceremos resignados à indolência confortável de um distanciamento preventivo para não assumirmos a responsabilidade de atacar um problema que insistimos não ser nosso… porque decidimos que é dos outros. Repito: Precisamos desse hospital de pé e com muita “saúde”!

Em termos práticos, sabemos que o Estado tem-se mostrado canhestro para a formulação, aplicação e controle das políticas públicas voltadas à prevenção de doenças, disponibilização de medicamentos e promoção da assistência médico-hospitalar à população. Percebe-se uma saturação e consequente degradação do sistema público de saúde como resultado da malversação de recursos e, ainda pior, do desvio de fabulosas quantias de dinheiro nos sumidouros da corrupção institucionalizada.

Com sua licença, reclamo um aparte para mencionar que o Ministério Público tem cumprido de forma honrosa e inflexível o seu papel na repressão dos atos de improbidade administrativa que importam prejuízo ao erário ou atentem contra os Princípios Constitucionais da Administração Pública, eleita pelo povo brasileiro como uma das instituições mais confiáveis da Nação.

Revestida desse prestígio, a Promotoria de Justiça de Serra Negra, por meu intermédio, seu representante legal, juntamente com os atuais membros da diretoria do Hospital Santa Rosa de Lima, considerando a robustez do empresariado de Serra Negra, idealizou a formação de um grupo seleto de pessoas que reúne as qualidades demandadas para a concretização de um nobilíssimo ideal: restituir à estima pública, revigorar e dar condições de sustentabilidade ao NOSSO hospital.

Um trabalho semelhante, guardadas as devidas proporções, já foi concebido e realizado pelos fundadores do Hospital do Câncer de Barretos, com resultados tão espantosos que beiram o milagre!

Como vê, praticamente tudo pode ser feito desde que haja vontade, comprometimento, dedicação, persistência, ação coordenada e, principalmente, uma sólida FÉ… em Deus, em si mesmo, no poder virtualmente infinito da união de forças e na possibilidade absoluta de materializar um objetivo que seja perseguido com vigor, constância e método.

Ademais, não há ato de bondade maior, não há forma mais legítima de expressar caridade, solidariedade, grandeza de alma e gratidão a Deus por nossas próprias conquistas do que empregar esforços no sublime exercício de suavizar o sofrimento de alguém.

É nesse espírito que venho pedir a sua atenção!

Falar da extraordinária importância de um hospital para uma cidade é cair na redundância de discursar sobre o óbvio. Nada mais nesse sentido precisa ser dito.

O Hospital Santa Rosa de Lima é uma inestimável herança deixada a todos os moradores de Serra Negra, portanto não podemos permitir que nossa indiferença seja uma das causas do provável fechamento da instituição.

Sem rodeios, o que o Hospital precisa é de recursos financeiros para sobreviver.

Com essa preocupação, pessoas de notória idoneidade e reconhecido espírito empreendedor, imbuídos do mais altivo ideal de solidariedade e conscientes da necessidade de dar o primeiro passo e assim servir de exemplo para toda a população, instituíram uma ONG, denominada “Associação REVIVER”, cuja finalidade principal é a de angariar doações em dinheiro a fim de proporcionar subsídios para a manutenção, melhoria e desenvolvimento das atividades assistenciais do Hospital Santa Rosa de Lima.

A “Associação REVIVER”, para alcançar suas finalidades, conta com a contribuição permanente de todos aqueles que veem no Hospital Santa Rosa de Lima um porto seguro; um lugar que invariavelmente buscamos quando, de súbito, a saúde nos abandona; um lugar, enfim, de que todos aqui nos valemos quando acometidos pelo sofrimento físico imposto pela doença em suas variadas formas ou pelo mal-estar insidioso e incapacitante.

Para acolher a sua contribuição a “Associação REVIVER” mantém as seguintes contas bancárias:

A Promotoria de Justiça de Serra Negra se compromete a manter uma fiscalização assídua e rigorosa nas atividades da ONG, de modo a garantir a lisura de seus atos e a observância absoluta de suas atribuições estatutárias.

Atenciosamente.

 

 

 

 

 

 

LEONARDO CARVALHO BORTOLAÇO

PROMOTOR DE JUSTIÇA

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E-mail: contato@ongreviver.com

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